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Amantes e seu Deus Amoroso

Foto extraída do album de família: Mark e Grace em 1989, no seu primeiro Dia dos Namorados.

 

Embora seja necessário o esforço de um único cônjuge para que o casamento seja amigável, requer-se a participação de ambos para que eles sejam amigos. Quando os dois cônjuges são hostis, o casamento é marcado por conflito e frieza. Quando um cônjuge é amigável e o outro hostil, o casamento é marcado por egoísmo e tristeza. Mas quando os dois cônjuges fazem um pacto profundo e real com Deus de continuamente buscarem se tornar melhores amigos, o casamento é marcado por um amor e desejo cada vez maior.

Guarde o seu Coração

Tristemente, é comum ouvir pessoas casadas falar que estão “perdendo a paixão” por seu cônjuge e que estão “caindo de paixão” por outra pessoa, em adultério. Ao usar a linguagem de “caindo”, tais pessoas estão astutamente evitando qualquer responsabilidade, como se fossem simplesmente obrigadas a seguir o seu coração. Contudo, a Bíblia não manda que sigamos o nosso coração, mas sim que o “guardemos”, pois ele é propenso ao pecado e ao egoísmo (Pv 4.23; Jr 17.9).

De acordo com a Bíblia, o amor não procede do nosso coração, mas sim por meio do nosso coração. O motivo é que “Deus é amor”, e em relacionamento com Deus por meio de Jesus Cristo pelo Espírito Santo recebemos o amor de Deus para compartilhar com os outros (1 João 4.7-21). É através da presença de Deus o Espírito Santo em nossa vida que somos capazes de amar o nosso cônjuge com o amor de Deus. Gálatas 5.22 diz que “o fruto do Espírito é o amor”. Também, Romanos 5.5 diz: “O amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. Mesmo quando não sentimos estar apaixonados por nossos cônjuges, podemos dar-lhes amor e receber amor deles se vivemos uma vida cheia do Espírito.

Amor é um Verbo

Na Bíblia, o amor é frequentemente um sentimento. Contudo, em vez de ser um sentimento que promove ação, com frequência amor é uma ação baseada na obediência a Deus que resulta num sentimento para com o nosso cônjuge. Isso explica o porquê a Bíblia ordena que os maridos amem as suas esposas (Ef 5.25) e as esposas amem os seus maridos (Tito 2.4), em vez de ordenar que eles sintam amor. Tal fato ainda explica o porquê a Bíblia ordena que amemos até mesmo os nossos inimigos (Mt 5.43-47).

Dessa forma, amor é um verbo na Bíblia. Amor é o que fazemos. Como o amor de Jesus por nós, o amor marital é um comprometimento pactual que nos compele a agir para o bem do nosso cônjuge. Isso explica também o porquê aquilo que talvez seja os votos mais populares de casamento na Escritura descreva o amor como uma série de verbos, ou coisas a serem feitas: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1Co 13.4-7).

Amor Pactual

O casamento cristão são atos recíprocos de amor pactual. Isso inclui as coisas pequenas, tais como nem sempre fazer a nossa vontade, mas ir jantar em um restaurante, assistir a um filme e fazer a atividade que nosso cônjuge gosta. Inclui também estudar nossos cônjuges para encontrar formas nas quais podemos dar-lhes amor e receber amor deles para edificar a nossa amizade.

De que formas seu cônjuge tem te amado com o amor de Deus? De que formas você tem falhado em amar seu cônjuge com o amor de Deus?

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Fonte: http://theresurgence.com/2011/02/14/lovers-and-their-loving-god

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto / março de 2011