A Morte do Meu Pai

por

Felipe Sabino de Araújo Neto

 

Hoje a mulher que eu mais amo me acordou com a notícia de que o homem que eu mais amava havia morrido. Hoje, 16 de julho de 2005, Francisco Sabino de Araújo, aproximadamente às 2:00h da madrugada, deixou a terra dos viventes.

Apesar de saber que todas as coisas acontecem segundo a vontade de Deus, e apesar de reconhecer, como o salmista, que “no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda” (Salmos 139:16, RA), não há como não sentir grande pesar e tristeza, quando alguém que muito amamos nos deixa para, talvez, nunca mais nos encontrar. E talvez seja justamente esse “talvez” que mais nos angustie nesses momentos. Não há como sabermos sobre os últimos momentos da vida de um homem sobre a terra; não há como sabermos se alguns deles foram resgatados no último suspiro de vida, como o ladrão da cruz. Contudo, bem como a morte, deixo a salvação do meu pai nas mãos do meu Pai celestial, o soberano Senhor e Governador de toda a Sua criação. “A salvação vem do SENHOR” (Salmos 3:8). “Ao SENHOR pertence a salvação!” (Jonas 2:9).

Nesses momentos de grande agonia e desespero é bom sabermos e recordarmos que temos um Sacerdote que pode se compadecer de nós, que conhece as nossas fraquezas, pois, ao assumir a forma de homem, suportou muitas das tribulações que se avolumam nos corações dos filhos dos homens. É maravilhoso ler em João 11:35 que “Jesus chorou”; o Deus-homem, mesmo tendo todo poder nos céus e na terra, mesmo sendo poderoso para ressuscitar o seu amigo a quem Ele muito amava [o que na verdade Ele o fez], chorou a perda do Seu ente querido.

Portanto, nessa hora de dor, saudade e tristeza, quero me lançar totalmente nos braços do meu Redentor, agradecendo-Lhe pelos anos de vida que Ele concedeu ao meu pai, pela oportunidade que tive de ter um pai por mais de 27 anos, algo que tantos não tiveram o privilégio de desfrutar. Quero agradecer ao meu Senhor pelo amor que eu sempre tive e sempre terei pelo meu pai, e pelo amor que eu tenho certeza que o meu pai sempre teve por mim. Tudo isso é graça do Senhor, e não poderia deixar de reconhecer isso, a despeito da dor que agora sinto. Embora esteja sentindo grande dificuldade de concatenar minhas idéias e escrever, não poderia deixar de fazê-lo.

E para terminar, será maravilhoso quando naquele grande dia, chegando ao céu, Deus limpar as minhas lágrimas, naquele lugar de gozo, onde tristeza, morte, pranto e dor não mais terão lugar. E será mais maravilhoso ainda se eu puder louvar esse bendito Deus, eternamente, tendo ao mesmo lado, entre tantos outros, a presença do meu pai. Meu sincero desejo e esperança é que esta seja uma das grandes surpresas que encontrarei no céu.

“Quando chegar ao céu, verei ali três coisas impressionantes: a primeira será encontrar muita gente que não esperava ver ali; a segunda será não encontrar muita gente que esperava ali encontrar; e a terceira e mais maravilhosa de todas será encontrar a mim mesmo ali” (John Newton).

 

Descanse em paz, meu querido pai.

Francisco Sabino de Araújo
• 29/01/1947
† 16/07/2005

 

Amém.

Felipe Sabino de Araújo Neto
16/07/2005 - 17:00h


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