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A Igreja Primitiva e os Livros Apócrifos

Reproduzo abaixo uma nota publicada no site da Sociedade Bíblica do Brasil, a respeito da Septuaginta. A nota menciona os livros apócrifos incluídos na tradução grega do Antigo Testamento:

Septuaginta (ou Tradução dos Setenta) Esta foi a primeira tradução. Realizada por 70 sábios, ela contém sete livros que não fazem parte da coleção hebraica, pois não estavam incluídos quando o cânon (ou lista oficial) do Antigo Testamento foi estabelecido por exegetas israelitas no final do Século I d.C. A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua Bíblia. Eles são chamados apócrifos ou deuterocanônicos e encontram-se presentes nas Bíblias de algumas igrejas. Esta tradução do Antigo Testamento foi utilizada em sinagogas de todas as regiões do Mediterrâneo e representou um instrumento fundamental nos esforços empreendidos pelos primeiros discípulos de Jesus na propagação dos ensinamentos de Deus.

De forma interessante, esta nota se tornou uma espécie de viral, visto que a mesma tem sido amplamente reproduzida por blogs e sites católicos romanos. Estes comemoram a “sinceridade” da SBB, e chamam os protestantes de filhos do diabo, por se apegarem à mentira. Deve ser observado que a nota é lacônica, completamente destituída de dados que suportem suas afirmações. Ela começa afirmando o que já é tido como lenda a respeito da Septuaginta, isto é, que a mesma foi fruto do trabalho de 72 sábios que traduziram as Escrituras do Antigo Testamento no espaço de 72 dias. Sabe-se que, na verdade, ela é fruto de um processo de tradução que levou cerca de um século e meio. Entretanto, gostaria de focar sobre duas afirmações problemáticas que se destacam na nota da SBB.

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