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A necessidade da expiação

Quando se fala em salvação, um assunto extremamente importante e pertinente que deve ser levado em consideração é a expiação. A expiação pode ser definida em termos gerais como “a obra que Cristo realizou em sua vida e morte para obter nossa salvação” (GRUDEM, 1999, p.471).

Quando se trata da expiação, por sua vez, uma discussão que lança muita luz sobre a sua natureza é aquela que envolve a necessidade da expiação. Por que, para salvar o homem, Deus optou por esse plano de salvação e não por outro? Por que Ele não salvou o homem meramente por um decreto de Sua vontade? Era realmente necessário que Cristo se tornasse homem, morresse e, essa morte fosse numa cruz?

No decorrer da história da Igreja, essas perguntas foram respondidas basicamente de duas formas, que recebem o nome de necessidade relativa (ou necessidade hipotética) e necessidade absoluta (ou necessidade consequente) da expiação.

A proposta deste trabalho será, em primeiro lugar, apresentar essas duas posições sobre a necessidade da expiação, em seguida, mostrar como elas foram defendidas no decorrer da história por diversos teólogos, especialmente nos períodos da Patrística, da Escolástica e da Reforma, e finalmente, concluir com uma rápida avaliação de qual posição se harmoniza melhor com o ensino bíblico.

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