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Um Retorno aos Salmos

À medida que encorajamos esse retorno aos salmos, devemos perceber algumas coisas: A atitude deve ser de alegria e regozijo. “Está alguém alegre”, pergunta Tiago. Então cante salmos (Tg 5.13). O coração deve estar preparado para a disciplina. Estamos vivendo o processo de descobrir uma herança musical que vem sendo jogada fora durante muitos séculos, então, não é algo que vamos recuperar em dez minutos. Não temos uma loja de conveniência reformada. E, por fim, a atitude apropriada de retorno aos salmos é aquela que entende o privilégio dos salmos. Nós não os cantamos porque somos obrigados a isso, mas porque Deus nos deixa cantá-los.

Com o restabelecimento dos salmos em bom andamento, algumas interessantes descobertas surgem. Primeiro, alguém pode já ser crente há cinquenta anos, mas vai começar a cantar coisas que nunca cantou (ou disse) antes. Todas essas coisas estão no hinário de Deus, e por isso devemos nos perguntar por que não estamos cantando o tipo de coisas que Deus nos designou cantar. Há muitos aspectos nisto, mas vou concluir essa seção focando em apenas um deles. O salmista tinha inimigos, e ele tratava disto em suas músicas. O saltério é um hinário de guerra. Se formos sérios sobre conquistar o mundo com o evangelho por meio da adoração bíblica, logo iremos descobrir que não podemos fazer isso sem os Salmos. O que seria apropriado para cantar enquanto movemos nosso aríete contra os portões dos inimigos? Dentre os muitos que se poderia escolher, por que não o Salmo 68? “Levanta-se Deus; dispersam-se os seus inimigos”.

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Fonte: A Primer on Worship and Reformation: Recovering the High Church Puritan

Tradução: Márcio Santana Sobrinho