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Encontrando-me nas Guerras das Mamães por Amy Whitfield

Nota do editor:
Uma versão deste artigo apareceu no Intersect Project.

Um dos meus objetivos quando olho para minha casa e meu escritório é que um dia eu fique completamente organizada, até o último item. (Eu me conheço bem o suficiente para perceber que esse objetivo é improvável, mas uma garota pode sonhar.) Tenho visões de entrar em uma sala onde há um lugar para tudo, onde tudo está em seu lugar e onde cada recipiente tem aquele toque final maravilhoso – o rótulo.

É difícil entender por que os rótulos são tão atraentes. Eu imagino que tenha algo a ver com o desejo de agrupar itens em categorias. Nós gostamos de saber exatamente com o que estamos lidando. Ver uma fileira de caixas e saber imediatamente que há um lugar no mundo especificamente para sacos de plástico ou polidor de móveis pode nos dar uma sensação surpreendente de segurança.

Nós sentimos a mesma tendência com as pessoas. Nós gostamos de nos rotular e, de muitas maneiras, isso é bom. Todos nós temos papéis a desempenhar no mundo, e nomes próprios e comuns nos dão essa sensação de conexão e compreensão – é uma das razões pelas quais perguntamos uns aos outros: “O que você faz?”

Esta é uma mãe. Este é um pai. Este é um bombeiro. Este é um prefeito, um governador ou um presidente. Gostamos de saber com quem estamos lidando e, ainda mais, gostamos de saber exatamente quem somos.

Há algo certo nessa rotulagem. Esses nomes e títulos nos ajudam a entender a nós mesmos e uns aos outros e apontam para papéis reais e importantes na sociedade e na família.

Mas também tendemos a colocar mais nos rótulos e começar a buscar identidade em palavras descritivas. Permitimos que os adjetivos nos agrupem em caixas ainda menores – como a caixa que contém apenas legos vermelhos. Mas quando fazemos isso, perdemos a amplitude que vem da celebração de múltiplas qualidades, bem como a alegria de dar os braços com grupos diversos de irmãos e irmãs.

Nossa busca por identidade nunca pode se afastar muito da verdade de que fomos criados à imagem de Deus.

Mãe que Trabalha

Tenho 41 anos. Meus filhos tem 14 e 12. Eu passo a maioria dos dias no meu escritório e quase todas as noites em minha casa ajudando com a lição de casa ou na piscina como uma mãe de natação. Na semana passada, como muitas semanas, foi bastante agitado. Preparei-me para algumas reuniões importantes, participei de algumas teleconferências, trabalhei em projetos e realizei várias maratonas de limpeza de e-mails.

Também incluí caronas, consultas de crianças ao dentista, compras de mercado, encontros na igreja e tempo na minha própria cozinha. Alguns momentos senti que vivia no carro. Eu fui do amanhecer ao anoitecer com poucos intervalos, alguns altos e baixos e a interrupção ocasional do sono.

É fácil dizer: “Eu sou uma mãe que trabalha”. Eu posso dizer isso com orgulho ou posso dizer com uma certa insegurança. E alguns podem dizer: “Eu não sei como você faz isso”.

Há alguns anos atrás, as coisas pareciam um pouco diferentes. Eu tinha 29 anos. Meus filhos eram tinham e tinham menos de um ano.Minha filha estava no auge de uma condição crônica de saúde que exigia duas horas de tratamentos intensivos a cada dia. Morávamos em uma cidadezinha a 90 minutos de distância de seus médicos e fazíamos uma rotatividade regular de consultas.

Meu marido era um pastor com uma equipe limitada e enormes responsabilidades ministeriais. Em qualquer dia, eu trocava fraldas, limpava a bagunça, lia livros, fazia compressas ou dirigia para o consultório do médico. Também incorporei várias responsabilidades de ministério em minha igreja, um clube de livros na biblioteca da cidade, algumas horas de contrato como transcritora e tempo na minha própria cozinha.

Alguns momentos senti que vivia no carro. Eu fui do amanhecer ao anoitecer com poucos intervalos, alguns altos e baixos e a (mais do que) interrupção ocasional do sono.

É fácil olhar e dizer: “Eu era uma mãe em tempo integral”. Eu posso dizer isso com orgulho ou posso dizer com uma certa insegurança. E alguns podem ter dito: “Eu não sei como você faz isso”.

A verdade é que, 10 anos atrás, eu estava trabalhando. E eu era mãe o tempo todo. Na semana passada eu estava trabalhando. E eu era mãe o tempo todo.

Deus nos chamou para sermos trabalhadores – todos nós.

Nossa busca por identidade nunca pode se desviar muito da verdade de que fomos criados à imagem de Deus e que fomos criados para sermos trabalhadores. Mesmo depois que o pecado quebrou tudo, Deus enviou seu Filho para nos tornar novas criaturas que seriam enviadas na missão que Ele estabeleceu.

Quando portamos a imagem dEle, não precisamos nos olhar uns aos outros ou no espelho e dizer: “Eu não sei como você faz isso”. Porque nós sabemos a resposta. Deus nos deu uma missão e nos deu um chamado único. Ele nos chamou para sermos trabalhadores em casa, no mercado, na igrejas e ministérios, no consultório do dentista e nas caronas.

Todos nós parecemos diferentes, mas nos encaixamos em uma caixa com um rótulo: Pecadores salvos pela graça e empregados para fazer seu trabalho.

Amy Whitfield é diretora de marketing e comunicação do Southeastern Baptist Theological Seminary. Ela mora em Wake Forest, Carolina do Norte, com seu marido, Keith, e filhos, Mary e Drew.

Traduzido por Felipe Barnabé

Fonte: Finding Myself in the Mommy Wars

SEO: Amy Whitfield escreve sobre encontrar sua identidade – tanto como uma mãe em casa quanto uma mãe que trabalha – no meio das guerras da mamães.