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Ser calvinista é o mesmo que ser reformado?

Uma das discussões contínuas com respeito à ressurgência de interesse no calvinismo gira em torno da distinção (se é que existe alguma) entre calvinismo em particular e teologia reformada em geral. Uma visão calvinista sobre a salvação é sinônimo de teologia reformada? Ou teologia reformada é algo maior do que simplesmente calvinismo? O calvinismo sozinho pode ser considerado reformado?

Michael Horton compartilha seus pensamentos em um artigo intitulado “The Hallway and the Rooms”:

Se ser reformado pode ser reduzido a crer na soberania de Deus e na eleição, então Tomás de Aquino é tão reformado quanto R. C. Sproul. Contudo, a confissão reformada é muito mais do que isso. Até mesmo a forma como ela fala sobre essas doutrinas está enquadrada dentro de um contexto mais amplo da teologia do pacto. É intrigante para mim que as pessoas possam se chamar hoje de reformados mesmo não abraçando essa teologia do pacto.

Mês que vem (nov/2010), o novo livro de Jamie Smith, Letters to a Young Calvinist: An Invitation to the Reformed Tradition [Cartas a um jovem calvinista: um convite à fé reformada], será lançado. Eu tive o privilégio de ler uma cópia antecipada deste livro e escrever uma recomendação. Penso que o livro de Jamie ajuda a discussão muito bem. Jamie é professor de filosofia no Calvin College.

Eis o que eu escrevi:

James K. A. Smith aborda agradavelmente uma das conversas mais fascinantes no evangelicalismo moderno – a ressurgência surpreendente do calvinismo entre os jovens cristãos. Letters to a Young Calvinist: An Invitation to the Reformed Tradition é profundo, sutil, provocativo, relacional e bem informado. Ninguém concordará com tudo aqui, mas o que eu apreciei mais foi a insistência cuidadosa de Smith: para ser teologicamente reformado é necessário muito mais do que crer nos famosos (e fabulosos!) cinco pontos do calvinismo. Ele mostra que a tradição reformada é pactual e cósmica no escopo, grande e brilhante na escala, doutrinária e devocional no espírito. Uma leitura completamente envolvente.

Semana passada Jamie compartilhou em seu blog a razão de escrever o livro e apresentou uma breve descrição dele:

Letters to a Young Calvinist é um convite para ver os outros ribeiros da tradição reformada – valorizar a riqueza complexa das vozes reformadas em todo o espectro. Algumas vezes eu descrevo este pequeno livro como “Kuyper para Piper”. O objetivo é desenvolver no jovem reformado inquieto um interesse nas doutrinas da graça celebrando também outros temas fundamentais da tradição reformada: criação, cultura, pacto e catolicidade, com uma preocupação especial pela apreciação da eclesiologia dos reformadores.

Compre. Leia. Junte-se à discussão – trata-se de uma discussão importante!

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Fonte: http://thegospelcoalition.org/blogs/tullian/

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto – março/2011