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Cura e a soberania de Deus

Quando cristãos se referem à soberania de Deus no contexto de milagres de cura, em geral é para explicar o por quê curas raramente ou mesmo nunca acontecem — para eles. A doutrina quase sempre é usada para ensinar, não nessas palavras, mas com efeito, que Deus quase nunca responde oração, ou que Deus quase nunca dá o que você pede. A soberania de Deus é uma doutrina de vitória constante e absoluta — um triunfo inexpugnável, esmagador e espetacular — mas com muita frequência é usada como uma explicação para derrota. Por que não dizer que Deus responde oração, que ele nos dá o que lhe pedimos, e porque ele é soberano, ninguém pode detê-lo?

Nunca encontrei alguém que dissesse, “Deus é soberano”, e continuasse com, “portanto, quando oro por enfermos, mais de cinquenta por cento recebem cura”, ou mais de noventa por cento, ou cem por cento. Cristãos aceitam derrota e culpam a soberania de Deus, ou apoderam-se da vitória e rejeitam a soberania de Deus. Por quê? Por que não se apoderar da vitória pelo fato de afirmarmos a soberania de Deus? “Pessoas recebem cura quando oro com fé, e algumas vezes recebem cura mesmo quando não tenho fé, pois Deus é soberano.” Por que não dizer isso?

Em vez disso, quando alguém diz, “Deus é soberano”, a afirmação é frequentemente seguida de algo deprimente. Mesmo que a Bíblia diga o que deve esperar, a pessoa insiste que jamais sabe o que acontecerá. Ela afirmará algo como: “Deus é soberano, então alguém pode não receber cura mesmo quando oro com fé”. De alguma forma a doutrina da soberania divina significa que Deus nunca faz algo bom para você, ou raramente o faz. A Bíblia, por outro lado, me diz que Deus fará mais do que eu posso pedir ou pensar. A doutrina da soberania de divina capacita-me a esperar mais, não menos.

 


 

Fonte: http://www.vincentcheung.com/
Tradução: Felipe Sabino (junho/2016)

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