Pular para o conteúdo

A masculinidade é uma conquista

Enganar a si mesmo sobre seu gênero está no cerne da condição homossexual. Uma criança que imagina que pode ser do sexo oposto — ou ser ambos os sexos — agarra-se a uma solução fantasiosa para a confusão em que vive. Esta é uma revolta contra a realidade e uma rebelião contra os limites estruturados em nossa natureza humana conforme Deus nos criou.

[…]

Expliquei-lhes algumas coisas básicas sobre o que um menino precisa a fim de crescer heterossexual. Disse-lhes: “Mães criam meninos, e pais, homens”.

Disse-lhes como isso acontece. Na infância, tanto os meninos como as meninas são emocionalmente ligados à mãe. Em linguagem psicodinâmica, a mãe é o primeiro objeto de amor. Ela satisfaz todas as necessidades primárias de seu filho. As meninas podem continuar a desenvolver sua identificação feminina por intermédio do relacionamento com as mães. Por outro lado, um menino tem uma tarefa de desenvolvimento adicional — o quebrar sua identificação com a mãe para identificar-se com o pai.

[…]

A menina tem a tarefa mais fácil, conforme expliquei para os pais de Stevie; sua ligação primária já é com a mãe, e, portanto, ela não precisa passar pela tarefa do desenvolvimento adicional de quebrar sua identificação com a pessoa mais próxima dela neste mundo — a mãe — para identificar-se com o pai…

Isso pode explicar porque há menos mulheres homossexuais que homens homossexuais. Alguns estudos relatam uma diferença de proporção de 2 para 1.

Outros dizem de 5 para 1 ou até de 11 para 1. Não sabemos ao certo, exceto que, certamente, há mais homossexuais homens que lésbicas.

“A primeira tarefa para se tornar homem”, segundo o psicanalista Robert Stoller, “é não ser uma mulher”. 

[…]

O pênis é o símbolo essencial de masculinidade — a diferença inconfundível entre macho e fêmea… o menino efeminado… vê seu próprio pênis como um objeto alheio, misterioso. Se ele não for bem sucedido em “possuir” seu próprio pênis, na vida adulta achará continuadamente fascínio nos pênis de outros homens.

[…]

O menino que toma a decisão inconsciente de se separar do seu corpo masculino está a caminho de desenvolver uma orientçaão homossexual.

[…]

A ideia é evitar que o menino se separe de sua masculinidade normal, para que seja incentivado a reivindicar a identidade masculina para a qual ele foi projetado, e não moldá-lo, de forma alguma, na caricatura de um homem macho (isso pode não ser o que ele é, e então tudo bem), mas ajudá-lo a desenvolver sua própria masculinidade dentro do contexto das características da personalidade com que ele nasceu.

[…]

Por uma variedade de razões, algumas mães também têm a tendência de prolongar a dependência de seus filhos. A intimidade de uma mãe com seu filho é primitiva, completa e exclusiva, e esse elo poderoso pode facilmente se aprofundar naquilo que o psiquiatra Robert Stoller chama de “simbiose feliz”. Mas a mãe pode ser inclinada a segurar seu filho naquilo que se torna uma dependência mútua insalubre, especialmente se ela não tem um relacionamento íntimo que a satisfaça com o pai do menino. Nesses casos, ela pode pôr energia demais sobre o menino, usando-o para satisfazer suas necessidades de carinho e de companheirismo de um modo que não é bom para ele.

Um pai “de personalidade” (isto é, forte e bondoso) interrompe um relacionamento de “simbiose feliz” que ele, de forma instintiva, julgue não ser sadio. Se um pai quer que seu filho cresça heterossexual, ele tem de quebrar o elo mãe-filho que é apropriado na infância, mas que não condiz com os melhores interesses do menino mais velho. Assim, o pai tem de ser um modelo, demonstrando que é possível seu filho manter um relacionamento de amor para com essa mulher, sua mãe, e, ao mesmo tempo, manter sua própria independência. Nesse sentido, o pai deve funcionar como um sadio diminuidor do impacto entre mãe e filho. 

Algumas vezes, a mãe poderia funcionar contra o elo pai-filho ao manter o marido distante do filho (“Está muito frio lá fora para ele!”; “Isso poderia machucá-lo!”; “Ele está ocupado fazendo as coisas comigo hoje!”) a fim de satisfazer suas próprias necessidades de intimidade masculina. Seu filho é uma companhia masculina “segura” com quem ela pode ter um relacionamento emocional íntimo sem os conflitos com que ela possa talvez lidar em seu relacionamento com o esposo. Ela pode ser rápida demais em “salvar” o filho do pai. Ela pode acariciar e consolar o filho quando o pai o disciplina ou o ignora. A solidariedade excessiva que demonstra em relação ao menino pode desencorajá-lo a fazer a separação de sua mãe, algo muito importante para ele.

Além disso, proteção maternal exagerada cria autocomiseração no filho — uma característica que muitas vezes é observada tanto em meninos pré-homossexuais como em homens homossexuais. Tal proteção maternal excessiva pode incentivar o menino a ficar isolado dos outros meninos quando, nas conversas, fazem brincadeiras com ele ou, nas atividades e brincadeiras, o excluem…

[…]

O livro Sexual Preference: Its Development in Men and Women [Preferência sexual: seu desenvolvimento em homens e mulheres] é, muitas vezes, citado por ativistas gays. O estudo foi financiado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental estadunidense e foi projetado pelo Kinsey Institute for Sex Research [Instituto Kinsey de Pesquisas sobre Sexualidade]…

Os fatores familiares associados à não-conformidade de gênero dos meninos no estudo foram “pai dominado por mãe”, “proximidade da mãe”, “mãe forte” e “baixo nível de identificação com o pai”. Os autores do estudo concluíram: “Em nosso estudo, a não-conformidade de gênero na infância aparece como um elemento de previsão muito forte da preferência sexual adulta entre as crianças do sexo masculino”.

[…]

Em quinze anos, já falei com centenas de homens homossexuais. Talvez haja exceções, mas nunca conheci nem um só homemomossexual que dissesse que ele tinha um relacionamento chegado, amoroso e respeitoso com seu pai. 

Descobri ser esse um bom teste do elo pai-filho logo cedo na vida: a quem o pequenino corre quando está feliz, quando se orgulha de algo que fez, quando busca incentivo ou divertimento e agitação? Se é sempre a mãe, então algo está errado com o relacionamento entre pai e filho.

[…]

Todo menino tem um anseio profundo de ser segurado, amado por uma figura de pai, orientado, aconselhado em relação ao ingresso no mundo dos homens para ter sua natureza masculina afirmada e declarada, a fim de que essa natureza masculina seja considerada suficientemente boa pelos seus pares masculinos, pelos mais idosos e pelos mentores. Se nenhum desses relacionamentos é suficientemente forte para receber de bom grado o menino no mundo dos homens, então ele, à distância, anelará pelos outros homens. 

Fonte: “A masculinidade é uma conquista”, Capítulo 1 de Homossexualidade: Guia de orientação aos pais para a formação da criança, de Joseph Nicolosi e Linda Ames Nicolosi.


Marcações: