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Eu (não) estou sendo sentimental (Daniel Strange)

“O Reino Unido pós-Diana de fato será outro país. Naquela semana testemunhamos um divisor de águas em nossa história”.[1] O professor Anthony O’Hear assim encerrou seu infame ensaio de 1998 reivindicando que, na extraordinária reação pública à morte trágica da autodenominada “rainha dos corações do povo”, estamos testemunhando uma apoteose: a sentimentalidade personificada e canonizada. O então primeiro-ministro britânico Tony Blair chamou tais comentaristas de “esnobes ultrapassados de direita”.[2] Alguns artigos de tabloides revelaram um lado mais tenebroso, rotulando O’Hear de um “professor venenoso com cara de rato, um miserável perdedor”. Agora, no vigésimo aniversário [dezembro de 2017] desses eventos tumultuosos, eventos que a mídia nos fez viver novamente em detalhes dolorosos, O’Hear parece justificado. Pois, mesmo com toda a genuína tristeza, solidariedade e determinação do espírito humano, as respostas públicas recentes a ataques terroristas, tragédias e mortes de celebridades têm destacado um sentimentalismo abrangente e insuportavelmente meloso, aparentemente imune a críticas, que continua a contagiar todas as áreas da vida cultural no Reino Unido. Expressões públicas ostensivas de emoção, entrevista midiática após entrevista midiática sobre como tal-e-tal evento fizeram um entrevistado “se sentir”, mais frequentes e cada vez maiores “minutos de silêncio” em grandes eventos, broches de lapela que nos sentimos obrigados a usar, análises simplistas (“o terrorismo não tem religião”) e obviedades banais (escolha qualquer uma das milhares de versões de “só precisamos nos amar”) estão lentamente nos sufocando. Isso tudo é demais porque é tudo tão falso, ou para ser mais contextualizado, fake.

 

Agora, eu me deparo imediatamente com um dilema. Eu quero dizer algumas coisas sobre esta epidemia de sentimentalismo para um público internacional, mas eu temo que eu não posso fazê-lo sem parecer com o estereótipo de britânico: um pouco reprimido, “engomadinho”, “nariz empinado” e, o pior de tudo, cínico. E eu não sou. De verdade, eu não sou. Etnicamente, eu preencho a caixinha amorfa do Censo Britânico conhecida como “misto” (sou metade inglês e metade indo-guianense). Ambientalmente, eu não sou produto do tipo de sistema educacional inglês que às vezes é associado com tais características. Pessoalmente, gosto de pensar que sou razoavelmente autoconsciente e me considero suscetível a surtos de paixão e entusiasmo.  Eu sou mais um cara à flor da pele do que o contrário. Ademais, teologicamente, ao ensinar no seminário no decorrer dos anos, eu entusiasticamente apoiei e defendi a redescoberta reformada de um holismo “cardiopático” no nosso entendimento de cosmovisão cristã, antropologia bíblica e apologética cultural, todos moldando nossa pregação, discipulado e liderança. O trabalho de acadêmicos como David Naugle, James Sire e James K. A. Smith nessas áreas tem sido uma correção útil para o que pode ser uma inclinação cartesiana racionalista dentro do evangelicalismo conservador.[3] Eu simpatizo com a visão perspectivalista de John Frame sobre a personalidade humana e sua crítica da “primazia do intelecto”.[4] Em suma, emoção e afeição não são faculdades de segunda classe. Todavia, a corrupção da emoção que observamos no sentimentalismo é preocupante e precisa ser tratada, porque as nossas vidas cristãs individuais e comunitárias não são imunes a essa praga.

 

Traçando as raízes do sentimentalismo até a tradição romântica do Iluminismo é bem óbvio.[5] Entretanto, definir o que queremos dizer por sentimentalismo é notoriamente difícil. Podemos mui bem ter ouvido várias definições aforísticas. “Um sentimentalista”, escreveu Oscar Wilde, “é alguém que deseja ter o luxo de uma emoção sem pagar por ela … Realmente, o sentimentalismo é meramente o feriado bancário do cinismo”.[6] D. H. Lawrence define o sentimentalismo como

 

o desenvolvimento em você mesmo de sentimentos que você não tem de verdade. Todos nós queremos certos sentimentos: sentimentos de amor, de sexo apaixonado, de generosidade e assim por diante. Pouquíssimas pessoas realmente sentem amor ou paixão sexual ou generosidade, ou qualquer coisa profunda assim. Então a massa só finge que tem esses sentimentos dentro de si. Sentimentos fake! O mundo está cheio deles. Eles são melhores do que sentimentos reais, porque você pode cuspi-los fora depois de escovar os dentes; e amanhã você pode simplesmente fingir de novo.[7]

 

A escritora Milan Kundera é frequentemente citada como capturando a essência do sentimental: “duas lágrimas caíram numa rápida sucessão. A primeira lágrima diz: como é bom ver crianças correndo na grama! A segunda lágrima diz: como é bom se emocionar, junto com toda a humanidade, com crianças correndo na grama”.[8]

 

Jeremy Begbie faz bem quando delineia três elementos conectados no sentimental: (1) a distorção da realidade por meio da fuga ou trivialização do mal; (2) autocomplacência emocional; e (3) a falha em tomar ações apropriadamente custosas.[9] O sentimentalismo sufoca. Com base no estudo de Metrovic, Postemotional Society,[10] Dick Keyes nota que “as nossa emoções reais e autênticas estão ali, mas estão enterradas debaixo de sentimentos que sentimos que deveríamos sentir em qualquer situação que nos encontramos”.[11] Como resultado, as nossas emoções se tornam mortas e abstraídas com nenhum compromisso pela ação.[12] O sentimentalismo simplifica. Parecemos ter pouco espaço para nuances, complexidade e coragem. O nosso mundo consiste em pretos-no-branco: os do bem e os do mal, vítimas e algozes, cidadãos oprimidos e autoridades opressoras. Toda situação demanda uma resposta imediata. A intratabilidade nunca é levada em conta. Nesse sentido, o sentimentalismo é infantil. O sentimentalismo é egoísta. Como Roger Scruton coloca, “o sentimentalismo é aquele vício peculiarmente humano que consiste em direcionar as suas emoções para as suas emoções, de forma a ser o tema da narrativa contada por você mesmo”.[13] Embora pretenda se importar com o “outro”, ele realmente só liga para o self em detrimento do “outro” que se torna um meio periférico para um fim.

 

O sentimentalismo público tem um caráter peculiar que frequentemente acentua essas características até proporções monstruosas. Theodore Dalrymple especula que o crescimento de expressões públicas de sentimentalismo se relaciona ao impacto da mídia de massa: “num mundo assim, o que é feito ou o que acontece em privado não é feito, nem sequer acontece, pelo menos não no sentido mais pleno possível. Não é real no mesmo sentido de que reality shows são reais”.[14] E como ele nota posteriormente: “as emoções agora são como justiça: elas precisam não só serem sentidas, mas serem vistas como sentidas”.[15] Se o sentimentalismo significa a necessidade de mostrar que você realmente se importa, então, para ser notado em público, precisa-se embarcar num programa de autopropaganda de “mostrar que você realmente se importa” que se torna cada vez mais excessivo em sua expressão e, portanto, cada vez menos apropriado à situação social em si. Some a isso a mídia e as redes sociais se envolvendo com a “manifestação pelo que importa” e as coisas rapidamente se resumem a um frenesi festivo de quem se importa mais. Há algum dano nisso? Sim, porque mui rapidamente se revela que não jogar o jogo de quem se importa mais é visto como frio ou indiferente (cf. o “perdedor cara de rato” O’Hear). Dessa forma, expressões públicas de sentimentalismo são coercitivas e monolíticas, demandando uma conformidade emocional ou correção emocional que nega que a expressividade emocional possa diferir entre pessoas e entre cultura. Eu penso que isso é o que subjaz particularmente a crítica à resposta da primeira ministra Theresa May à tragédia da London Grenfell Tower no meio deste ano [2017].[16] Expressões públicas de emoções deveriam ter um aviso de saúde pública embutido. Elas deveriam ser tomadas com responsabilidade, reflexão e possivelmente com limites. Como Dalrymple nota:

 

Com base na suposição razoável de que se está sob controle consciente, o grau com que uma emoção é expressada é uma questão moral, portanto. O que é permissível e o que é até louvável dentre íntimos e confidentes é repreensível dentre estranhos. De fato, o desejo ou a demanda de que todas as emoções devam ser igualmente exprimíveis em todas as ocasiões e em todos os tempos destrói exatamente a possibilidade da intimidade. Se todo o mundo é o seu confidente, então ninguém é. A distinção entre público e privado é abolida, com um subsequente esvaziamento da vida.[17]

 

 

De fato, ele vai mais longe. Não só expressões emocionais deveriam estar sob disciplina, mas as próprias emoções. Ele reconhece que isso é completamente contracultural ao que ele chama de “ponto cartesiano da epistemologia moral: estou com raiva, logo, estou certo”.[18] Dizer a alguém que ele não está “sentindo” certo não cai bem. Contudo, emoções não se autojustificam e podem ser controladas até o ponto de que uma nova disposição possa se desenvolver. Novamente é a adequação da nossa resposta emocional numa situação particular que está em questão. Michael Hann escreveu que a epidemia de luto que se sente depois da morte de uma celebridade se deve ao fato de que “aqueles nascidos nas décadas de 50 e 60 foram as primeiras gerações a serem co-criadas pela cultura popular”.[19] Portanto, quando uma celebridade morre nós sentimos que perdemos um membro da família. Mas, pensando bem, não perdemos, não é? Não tínhamos um relacionamento pessoal real com essa pessoa. Não a conhecíamos, somente coisas sobre ela e a imagem que ela e outros manufaturaram. Tristes e empáticos sim, mas de luto e histéricos?

 

Em termos de antropologia teológica, o sentimentalismo reflete a desintegração da pessoalidade humana que segue da supressão da dependência humana em Deus. Na sociedade moderna, isso é o que Andrew Fellowes chama do princípio da intensidade acima da profundidade.[20] O self moderno se virou para si e perdeu sua identidade. Nos sentimos como fantasmas: nada é real e tudo é uma imagem: como você faz um fantasma se sentir real? Os critérios são simplesmente sensações físicas. Quando eu sinto algo como uma sensação física, eu sei que estou vivo. O fantasma vem à vida. As sensações físicas estão amarradas ao corpo e isso significa que a busca pelo meu eu se concentrará no meu corpo. Quanto mais emocional eu for, mais vivo vou me sentir. Todavia, o sentimentalismo é um exemplo da supressão da verdade de um portador da imagem rebelde. Ele nos desconecta da realidade porque não queremos encarar a realidade. Como Scruton nota: “o sentimentalismo nos causa a não só escrever em clichês, mas a sentir em clichês também, para que não fiquemos perturbados com a verdade sobre a nossa condição”.[21] O sentimentalismo é fantástico. É tragicamente irônico que o perdedor nisso tudo seja o “outro”, esquecido e negligenciado. A pressão do sentimentalismo pelo simplismo e respostas rápidas significa que as autoridades são constrangidas a consertos rápidos, e não pela difícil tarefa de refletir sobre soluções a longo prazo que realmente importam. Embora testifique a imago Dei arruinada, uma execução num estádio de “Somewhere over the rainbow”, por mais que venha do fundo do coração, não vai derrotar o Estado Islâmico.[22]

 

Mas, além de confrontar o sentimentalismo, podemos ver como ele é compreensível. A verdade suprimida é exatamente assim. Primeiro, as expressões públicas de sentimentalismo que testemunhamos são o filho bastardo estranho e instável de cosmovisões materialistas e panteístas. As emoções são a forma com que participamos da realidade fundamental que, quando compartilhada em movimentos de massa, oferece uma forma de transcender a fisicalidade da resposta emocional. A abertura emocional é uma abertura às preocupações dos outros que de alguma forma se desdobram para preocupações últimas.[23] Segundo, embora notemos que debaixo do sol, “os problemas não derretem como balas de limão,”[24] a execução  tocante de uma música como Over the Rainbow sintoniza com a nossa intuição inerente e dada por Deus de que o nosso lar, como agora o conhecemos, simplesmente não é suficiente, que há mais, que precisa haver mais, que algo está quebrado e precisa ser consertado. Essa música é só mais um exemplo, ainda que na forma de uma música popular, do que é conhecido como Sehnsucht, o senso intraduzível e frequentemente místico de pertença e anseio por felicidade e realização diante de uma realidade que não parece fornecer felicidade ou realização. J. H. Bavinck chama isso do ponto magnético de “eu e salvação”. É o reconhecimento de uma necessidade de redenção, que algo em algum lugar deu errado e uma resolução é necessária: “o homem tem aquela tendência notável de não aceitar a realidade como ela se apresenta a ele, mas ele sempre sonha com um mundo melhor em que a vida será saudável e segura”.[25] A oportunidade de pontos de conexão apologética para o evangelho é óbvia.

 

Como a igreja pode seguir uma caminho diferente quando se trata de sentimentos, particularmente em sua expressão pública? Primeiro, precisamos confessar que nós também fomos afetados. Vivemos em culturas que moldam os nossos jeitos de ser. As nossas vidas pessoais, adoração conjunta e teologia foram impactadas pelo sentimentalismo.[26] Precisamos ser honestos sobre isso, achegar-nos em arrependimento perante Deus e seguir a Cristo no caminho melhor que ele nos mostra. Providencialmente, tal caminho melhor me foi demonstrado enquanto eu me preparava para pregar numa ambientação de estudantes quase simultânea ao aniversário de Diana.

 

Os Guiness frequentemente afirma que o contraste é pai da clareza. Em 2Coríntios 6.3-13, testemunhamos a explosão de emoção do próprio apóstolo Paulo:

 

Para vós outros, ó coríntios, abrem-se os nossos lábios, e alarga-se o nosso coração. Não tendes limites em nós; mas estais limitados em vossos próprios afetos. Ora, como justa retribuição (falo-vos como a filhos), dilatai-vos também vós.

 

Aqui temos a antítese do sentimentalismo. O pecado é levado a sério, não há autocomplacência emocional e vemos uma demonstração de ações custosas. Este é o clamor de um coração que é realmente real e de forma alguma fake. O apelo emocional de Paulo é perfeitamente apropriado para a situação que ele está enfrentando. Ele não está expressando emoções a estranhos, mas a seus filhos espirituais. Sua paixão não decorre de trivialidades, mas de seus filhos rejeitarem-no e levarem a graça de Deus em vão. Ele não evita a confrontação, mas sim a assume de cara. Acima de tudo, ele demonstra que um ministro autêntico e um ministério autêntico não são sobre si e a fama pessoal, mas sobre realmente se importar com o outro, não em soluções rápidas, mas num trabalho fatigante:

 

Pelo contrário, em tudo recomendando-nos a nós mesmos como ministros de Deus: na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, no saber, na longanimidade, na bondade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, quer ofensivas, quer defensivas; por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama, como enganadores e sendo verdadeiros; como desconhecidos e, entretanto, bem-conhecidos; como se estivéssemos morrendo e, contudo, eis que vivemos; como castigados, porém não mortos; entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo.

 

 

 

Agradecemos a Deus por ele nos ter preservado como verdade pública uma correspondência pessoal como esta, da qual podemos aprender como liderar de forma que as nossas igrejas e comunidades cristãs possam ser (porque precisam ser) refúgios do sentimentalismo e oásis do real. Aprendemos de Paulo assim como Paulo aprende de Cristo, nosso glorioso Salvador e Senhor não sentimentalista que “vestiu a nossa carne, e também os seus sentimentos”,[27] e o fez perfeitamente.

 

Positiva e praticamente, devemos focar em formação de virtude como uma forma de controlar as nossas as emoções e as dirigir propriamente para a realização da vida humana. Não precisamos rejeitar o poder da emoção compartilhada em qualquer dos exemplos dos tempos recentes. Nem devemos compartimentalizá-la ou a sujeitar à competição com outras faculdades humanas: razão, emoção, imaginação, etc. Não somos deixados simplesmente como respondentes passivos a emoções que não podemos controlar. Pelo Espírito os cristãos estão sendo formados à semelhança de Cristo, cuja vida emocional é o exemplo que seguimos. Como Warfield diz: “não devemos nos contentar com olhá-lo ou admirá-lo: precisamos nos tornar imitadores dele, até que soframos uma metamorfose para sermos a mesma imagem”.[28] As virtudes são a forma em que as emoções são direcionadas escatologicamente para a realização de nossa humanidade em Cristo. O nosso congregar em nossos cânticos, orações, liturgias e ao redor da Palavra pregada são padrões de culto que devem nos levar respostas emocionais compartilhadas crescentemente santificadas que, então, abarcaram toda a vida.

[1] Anthony O’Hear, ‘Diana, Queen of Hearts: Sentimentality Personified and Canonised’, in Faking It: The Sentimentalisation of Modern Society, ed. Digby Anderson and Peter Mullen (London: Social Affairs Unit, 1998), p. 190.

[2] ‘Blair’s blast at the Diana ‘snobs’’ Sunday Mirror, April 19, 1998.

[3] Ver David K. Naugle, Worldview: The History of a Concept (Grand Rapids, Eerdmans: 2002) [Edição em português: Cosmovisão: a história de um conceito. Brasília: Editora Monergismo, 2017]; James W. Sire, Naming the Elephant: Worldview as Concept (Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 2004) [Edição em português: Dando Nome ao Elefante: Cosmovisão como um Conceito. Brasília: Editora Monergismo, 2017]; James K. A. Smith, You Are What You Love: The Spiritual Power of Habit (Grand Rapids: Brazos, 2016) [Edição em português: Você é aquilo que ama: o poder espiritual do hábito. São Paulo: Edições Vida Nova, 2017].

[4] John Frame, The Doctrine of the Knowledge of God (Phillipsburg, NJ: P&R Publishing, 1987), p. 335–40. [Edição em português: A doutrina do conhecimento de Deus. Série Teologia do Senhorio. São Paulo: Cultura Cristã, 2010].

[5] Por exemplo, ver Lucy Sullivan, ‘The Corruption of Christianity: The History and Origins of sentimentality’ in Faking It: The Sentimentalisation of Modern Society, ed. Digby Anderson and Peter Mullen (London: Social Affairs Unit, 1998), p. 191–212.

[6] Oscar Wilde, The Letters of Oscar Wilde, ed. Rupert Hart-Davis (London: Rupert Hart-David, 1962), p. 501.

[7] D. H. Lawrence, Selected Essays (London: Penguin, 1954), p. 224.

[8] Milan Kundera, The Unbearable Lightness of Being (New York: Harper & Row, 1984), p. 251.

[9] Jeremy Begbie, ‘Beauty, Sentimentality and the Arts’, in The Beauty of God: Theology and the Arts, ed. Daniel Treier, Mark Husbands and Roger Lundin (Downers Grove, IL: IVP, 2007), p. 45–69.

[10] Stjepan Meštrović, Postemotional Society (London: Sage, 1997).

[11] Dick Keyes, ‘Sentimentality: Significance for Apologetics’ in ed. Bruce A. Little, Francis Schaeffer: A Mind and Heart for God (Philipsburg, NJ: P&R Publishing, 2010), p. 94.

[12] Meštrović, Postemotional Society, p. 56.

[13] Roger Scruton, Gentle Regrets: Thoughts from a Life (New York: Continuum, 2005), 102, citado em Keyes, ‘Sentimentality’, p. 93.

[14] Theodore Dalrymple, Spoilt Rotten! The Toxic Cult of Sentimentality (London: Gibson Square, 2015), p. 83 [Edição em português: Podres de mimados: as consequências do sentimentalismo tóxico. São Paulo: É Realizações, 2015].

[15] Ibid., 144.

[16] Ver Maya Oppenheim, ‘Theresa May is “not one of those people who shows emotion as openly as others”, says Tory MP’, Independent, 18 June 2017, http://www.independent.co.uk/news/uk/politics/theresa-may-doesnt-show-emotion-bob-neill-grenfell-tower-criticism-a7796131.html; ‘May’s Top Aide Defends PM’s Grenfell Response after Newsnight Interview’ The Guardian, 17 June 2017, https://www.theguardian.com/uk-news/2017/jun/17/theresa-may-avoids-questions-on-personal-response-to-grenfell-disaster.

[17] Dalrymple, Spoilt Rotten!, 87.

[18] Ibid., 90.

[19] Micahel Hann, ‘Co-parented by popular culture: why celebrity deaths affect us so deeply,’ https://www.theguardian.com/commentisfree/2017/sep/17/popular-culture-celebrity-deaths-harry-dean-stanton-husker-du.

[20] Andrew Fellowes, ‘Narcissism: The Worldview of Self’, https://www.bethinking.org/human-life/narcissism-the-worldview-of-self.

[21] Roger Scruton, An Intelligent Persons Guide to Modern Culture (South Bend, IN: St. Augustine’s Press, 2000), p. 80.

[22] Estou me referindo aqui à execução de Ariana Grande como parte do concerto beneficente “One Love Manchester”, feito em 4 de junho de 2017, que foi organizado duas semanas após o ataque terrorista depois do concerto dela na Manchester Arena.

[23] Por exemplo, ver o vídeo do Facebook, ‘The Things that Connect Us’, https://vimeo.com/57263769.

[24] Referência a Somewhere Over the Rainbow de Arlen and Harburg

[25] J. H. Bavinck, The Church Between Temple and Mosque (Grand Rapids: Eerdmans, 1966), p. 34.

[26] Para mais sobre, ver Begbie, ‘Beauty, Sentimentality and the Arts’, e Keyes, ‘Sentimentality’.

[27] João Calvino, Commentary on Hebrews, em Hb 4.15.

[28] B. B. Warfield, ‘The Emotional Life of Our Lord’, in Biblical and Theological Studies: A Commemoration of 100 Years of Princeton Seminary (New York: Charles Scribner’s Sons, 1912), p. 88.

 

Traduzido por: Guilherme Cordeiro

Fonte: Strange, Daniel. “I’m (Not) Getting Sentimental over You”. Themelios. V. 42, n. 3. Dezembro de 2017. Disponível em: <http://themelios.thegospelcoalition.org/article/im-not-getting-sentimental-over-you>