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Justo e Justificador (Joseph Mizzi)

“… tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus” (Romanos 3.26)

Há coisas que Deus não pode fazer. O Deus todo-poderoso não pode mentir (Hebreus 6.18). Ele não pode se negar agindo contrário a sua santa natureza (2Timóteo 2.13). Não há injustiça para com Deus (2Crônicas 19.7). Ele precisa, portanto, ser justo na condenação do ímpio. Ele precisa também ser justo na salvação do seu povo. Ele não pode simplesmente fazer vista grossa e fingir esquecer tudo sobre os nossos pecados a fim de ser bom para conosco.

Imagine a cena. Um criminoso é levado perante um juiz. À medida que o juiz examina a evidência, torna-se claro que o acusado é culpado de quebrar a lei e merece punição. Todavia, em sua decisão final, o juiz diz: “eu sei que você é culpado, eu sei que você merece punição, mas eu quero ser bom com você. Eu não ligo para o que a lei exige; eu vou te deixar livre”.

O que você diria sobre esse juiz? Podemos dizer que ele é caprichoso, incompetente, corrupto e injusto … mas mui certamente não podemos dizer que esse juiz é bom! Ele não está fazendo o seu trabalho direito.

Mas vamos imaginar que, na sua sentença, o juiz declara que o homem é culpado e ele o ordena pagar uma multa pesada como exigido pela lei. Isso é a justiça pura e simples. O homem responde que ele não tem como pagar a penalidade. Naquele momento, o juiz responde: “a justiça precisa ser feita. A penalidade precisa ser paga. Eu também quero ser generoso com você. Eu pedi o meu filho e ele alegremente concordou de pagar a sua penalidade totalmente. Portanto, você pode ficar livre”. Ao fazê-lo, o juiz está se mostrando tanto justo quanto bom. 

Isso, e muito mais, é o que Deus faz com o seu povo. Ele os justifica livremente pela sua graça, ainda que eles não mereçam. Ele o faz somente com base na redenção em Cristo Jesus (Romanos 3.24). Jesus comprou a sua liberdade ao pagar a penalidade exigida pela lei. Ele morreu pelos seus pecados.

É por isso que as Escrituras gloriosamente declaram que Deus é justojustificador daqueles que creem em Jesus (Romanos 3.26). Deus é “justificador”, ele livra o ímpio que acredita em Jesus da sua culpa e da punição no inferno. Deus também é “justo” ao demonstrar tal misericórdia, pois ele enviou o seu Filho para morrer na cruz para cumprir as demandas da lei em seu favor.

Há algumas coisas que não podemos fazer! Não podemos escapar da justiça de Deus. Os nossos pecados precisam ser punidos, quer no inferno, quer na cruz. Mas isso, pela graça de Deus, podemos fazer: podemos confessar o nosso pecado perante ele, admitir a nossa culpa e apelar para a sua misericórdia e justiça em Cristo. Podemos olhar para a cruz de Jesus, a grande manifestação do amor e da justiça de Deus, e confiar as nossas almas a ele.

Este é o capítulo 8 do livreto Right with God de Joseph Mizzi.

Tradução por Guilherme Cordeiro.