Um cristão reconstrucionista é um calvinista. Ele sustenta o Cristianismo histórico, ortodoxo e católico e as grandes confissões Reformadas. Ele crê que Deus, não o homem, é o centro do universo e de tudo o que existe; Deus, não o homem, controla tudo o que acontece; Deus, não o homem, deve ser agradado e obedecido. Ele crê que Deus salva pecadores. Ele não os ajuda a se salvarem. Um cristão reconstrucionista crê que a Fé deveria ser aplicada a tudo da vida, não apenas ao lado “espiritual”. Ela se aplica à arte, educação, tecnologia e política tanto quanto se aplica à igreja, oração, evangelismo e estudo bíblico.
Um cristão reconstrucionista é um teonomista. Teonomia significa “lei de Deus”. Um cristão reconstrucionista crê que a lei de Deus é encontrada na Bíblia. Ela não foi abolida como um padrão de justiça. Ela não mais acusa o cristão, visto que Cristo suportou sua penalidade na cruz por ele. Mas a lei é uma descrição do caráter justo de Deus. Ela não pode mudar, assim como Deus não pode mudar. A lei de Deus é usada para três propósitos principais: Primeiro, para levar o pecador a confiar em Cristo somente, o único que guardou a lei perfeitamente. Segundo, para fornecer um padrão de obediência para o cristão, pelo qual ele possa julgar seu progresso na santificação. E terceiro, para manter a ordem na sociedade, restringindo e punindo o mal civil.
Um reconstrucionista cristão é um pressuposicionalista. Ele não tenta “provar” que Deus existe ou que a Bíblia é verdadeira. Ele sustenta a Fé porque a Bíblia assim o diz, não porque possa “provar” isso. Ele não tenta convencer o não convertido de que o evangelho é verdadeiro. Eles já sabem que o mesmo é verdadeiro quando ouvem. Eles precisam de arrependimento, não de evidência. Sem dúvida, o Reconstrucionismo Cristão crê que há evidência para a Fé; de fato, não há nada senão evidência para a Fé. Dessa forma, o problema para o não convertido não é falta de evidência, mas falta de submissão. O cristão reconstrucionista começa e termina com a Bíblia. Ele não defende a “teologia natural”, e outras invenções designadas para encontrar alguma concordância com a humanidade apóstata violadora do pacto.
Um reconstrucionista cristão é um pós-milenista. Ele crê que Cristo retornará à Terra somente após o Espírito Santo ter capacitado a Igreja a avançar o reino de Cristo no tempo e na história. Ele tem fé que os propósitos de Deus de trazer todas as nações, embora nem todo indivíduo, em sujeição a Cristo não falharão. O cristão reconstrucionista não é utópico. Ele não crê que o reino avançará rapidamente e sem problemas. Ele sabe que entramos no reino por meio de muita tribulação. Sabe que os cristãos estão na luta pela “longa caminhada”. Crê que a igreja pode ainda estar em sua infância. Mas ele crê que a Fé triunfará. Sob o poder do Espírito Deus, ela não pode alcançar nada senão o triunfo.
Um reconstrucionista cristão é um dominionista. Ele toma seriamente os mandamentos da Bíblia aos justos para tomar o domínio na Terra. Esse é o objetivo do evangelho e da Grande Comissão. O cristão reconstrucionista crê que a terra e toda a sua plenitude é do Senhor: que cada área dominada pelo pecado deve ser “reconstruída” em termos da Bíblia. Isso inclui, primeiro, o indivíduo; segundo, a família; terceiro, a igreja; e quarto, a ampla sociedade, incluindo o Estado. Portanto, o cristão reconstrucionista crê fervorosamente na civilização cristã. Crê firmemente na separação da Igreja e Estado, mas não na separação do Estado (ou qualquer outra coisa) de Deus. Ele não é um revolucionário; não crê no sobrepujar forçado e militante do governo humano. Ele tem armas infinitamente mais poderosas que revólveres e bombas, pois tem o Espírito invencível de Deus, a Palavra infalível de Deus, e o Evangelho incomparável de Deus, nenhum dos quais pode falhar.
O reconstrucionista cristão enfatiza os direitos régios do Senhor Jesus Cristo em cada esfera, esperando o triunfo eventual.
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Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto (17/03/2009)