Um Batista estava ansioso para falar comigo sobre o assunto do batismo por imersão. Totalmente convencido do caso irrefutável apresentado por ele, e me considerando um cristão genuíno, ele prosseguiu para esboçar o seu caso.
“Você lê sobre aspergir ou efundir no batismo do eunuco etíope e Filipe?”, ele perguntou.
Respondi: “Esse exemplo é a forma como você conduz o batismo em sua igreja?”. Ele explicou que deixando os detalhes irrelevantes de lado, tais como a localização e o fato que nenhuma testemunha estava presente, a resposta era sim.
Perguntei se não era incomum que seu pastor fosse batizado sempre que tivesse que batizar alguém. De certa forma embaraçado, ele declarou que seu pastor não era batizado todas as vezes de forma alguma; somente o cristão adulto era batizado. Respondi: “Mas não é batismo por imersão”. “Sim”, ele concordou, “mas o pastor não é imerso em cada batismo, somente aqueles a quem ele administra a cerimônia”.
Assim, perguntei: “Por que Filipe entrou na água com o eunuco, se não era necessário?”. Com certa hesitação, ele disse que Filipe não entrou na água, apenas o eunuco.
Citei Atos 8:38: “…e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou” (RC).
Note o erro da noção que descer às águas é interpretado como imersão, visto que assim envolve dupla imersão. O entendimento apropriado é que o batismo acontece não como parte do descer, mas imediatamente após eles descerem. Isso é indicado pelo conjuntivo “e”: “…e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou”.
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Fonte: http://www.cprf.co.uk
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto (março/2007)