10 Coisas Que Você Deveria Saber Sobre o Senhorio de Cristo:
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- Cristo é Senhor sobre tudo porque ele é Deus.
O Pai é Deus; o Filho é Deus; e o Espírito Santo é Deus. Deus governa sobre todas as coisas em seu controle providencial (Sl 103.19). Portanto, também é verdade que cada pessoa na Divindade reina sobre tudo. Cristo reina sobre tudo. Esse governo é abrangente não só em sua extensão (sobre todo o espaço, todo o tempo e todas as áreas da atividade humana), mas em seus detalhes, sobre cada pardal, cada fio de cabelo e cada átomo.
- Cristo é Senhor sobre tudo porque em sua natureza humana cumpriu uma obediência perfeita, conquistou salvação para nós e recebeu domínio universal como recompensa.
Como resultado de sua ressurreição e ascensão, Cristo foi entronizado à destra de Deus, o Pai, com domínio universal:
… exerceu ele [Deus, o Pai] em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas. (Ef 1.20-23)
Cristo é uma pessoa, e seu governo sobre todas as coisas é um só governo unificado. Mas ele o faz em dois aspectos: porque ele é Deus e também porque ele conquistou a vitória final sobre o pecado e a morte por meio de sua ressurreição e ascensão. Ele é Deus e homem em uma só pessoa, sentado no trono do universo
- Cristo reivindica autoridade tanto sobre crentes quanto sobre incrédulos.
A diferença é que os crentes reconhecem e submetem a seu governo, com alegria pela salvação que receberam nele.
Toda a autoridade me foi dada nos céus e na terra [Cristo]. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações … (Mt 28.18)
- Devemos obedecer a Cristo em todas as coisas
Todavia, a nossa obediência não merece a nossa salvação ou contribui para que sejamos uma pessoa salva. Somos justificados pela graça de Deus como uma dádiva (Rm 3.24). É Deus quem faz tudo (Ef 2.8). É a obediência perfeita de Cristo, não a nossa obediência, que obteve para nós perdão dos pecados e todos os benefícios da salvação.
Somos salvos ao sermos unidos a ele mediante o Espírito Santo e ao confiarmos somente nele para a nossa salvação. A obediência genuína é a oferta que damos em gratidão a Deus, porque já fomos salvos. Porque somos salvos, somos fortalecidos pelo Espírito de Cristo, e produzimos o fruto do Espírito (Gl 5.22-23)
- Devemos servir a Cristo em todo tempo, por toda a vida, com todo o nosso coração.
Servimos por várias razões complementares:
- Cristo está entronizado e merece a nossa obediência.
- Cristo é completamente amável e completamente digno de todo o nosso serviço.
- É mandamento de Deus para nós o servirmos.
- Fomos criados e moldados e destinados para esse serviço.
- Encontraremos a satisfação mais profunda e alegria na vida somente nesse serviço.
- O Espírito Santo nos fortalece para esse serviço
- Ao servirmos a Cristo, servimos o Pai, o Filho e o Espírito Santo juntos, já que as pessoas distintas se habitam mutuamente.
- Os meios da graça nos guiam e nos equipam para crescer em servir a Cristo.
Não deveríamos supor que o nosso serviço se constrói por mero esforço humano. Deus em Cristo providencia os meios de graça para nos guiar, equipar e fortalecer. Esses meios incluem a leitura da Bíblia, o estudo bíblico, a pregação, os sacramentos (batismo e Ceia do Senhor), a oração e a comunhão com outros santos na igreja, o corpo de Cristo. Esses meios se tornam eficazes por meio da presença e poder do Espírito Santo em nós.
Adicionalmente, podemos receber recursos subordinados de reflexões teológicas e exemplos de gerações anteriores de cristãos. Os líderes da Reforma, e figuras particulares como João Calvino e Abraham Kuyper, têm refletido cuidadosa e profundamente sobre o que significa servir a Cristo por toda a vida.
- Servir a Cristo faz uma diferença marcante em cada área da vida.
Os crentes cristãos diferem radicalmente de incrédulos na inclinação de seus corações. Essa diferença radical se expressa em diferenças por todo canto em cada área da vida. Temos motivações que diferem dos incrédulos. Olhamos para a lei e para o mundo diferentemente, porque reconhecemos que a lei vem de Deus e o mundo é providencialmente governado por Deus. Olhamos para nós diferentemente, porque sabemos que fomos feitos à imagem de Deus e pertencemos a ele. Temos propósitos diferentes dos incrédulos. Servimos a Deus e a seu reino, enquanto eles servem a outros objetivos, como a deuses falsos.
As diferenças no ponto de partida resultam em diferenças mesmo em áreas que muitas pessoas consideram ser “religiosamente neutras”, como a ciência e a matemática. Política, trabalho, relações sociais, instituições sociais, finanças e arte precisam de reflexão cristã, bem como áreas como igreja, casamento, criação de filhos e cuidado da casa que mais comumente já recebem atenção.
- Por causa do senhorio de Cristo sobre o mundo, podemos às vezes aprender de e cooperar com incrédulos em projetos a curto prazo.
Podemos fazer isso porque Deus, em sua graça comum, guarda-os de desenvolver consistentemente a inclinação rebelde de seus corações.
- Cristo concede autoridade e responsabilidade distintivas às pessoas em variadas esferas da vida.
A autoridade vem de Deus; não é meramente uma invenção humana. Toda autoridade humana é limitada porque é delegada por Deus por meio de seu Filho. As responsabilidade de funcionários do governo civil, pais, líderes de igreja (pastores e presbíteros), líderes de negócios (proprietários e gerentes), professores, artistas, agricultores e assim por diante são limitadas por Deus, e essas responsabilidades dependem do tipo de autoridade que pertence a cada um. Os cristãos precisam estudar a Bíblia e considerar suas implicações éticas para as nossas responsabilidades em cada área.
- Por meio de Cristo, Deus estabelece uma distinção marcante entre a igreja e as outras instituições da terra.
A verdadeira igreja é o corpo de Cristo, santificada pela habitação do Espírito Santo. Ela se manifesta na terra em ajuntamentos locais particulares do corpo de Cristo e também está entronizada com Cristo nos céus (Ef 2.6). Pelo próprio desígnio de Deus, ela é distinta de outras instituições ao ser santa e ao ser singularmente fortalecida pelo Espírito Santo para executar a vontade de Deus para seu papel de discipular e nutrir os crentes. Os crentes tratam os membros da igreja diferentemente do mundo.
Essa distintividade é bem compatível com a igreja ser uma fonte de encorajamento e fortalecimento para os cristãos servirem a Deus o tempo todo pelo todo da vida, além das fronteiras da responsabilidade distintiva da igreja enquanto instituição.
Em 2018, a Editora Monergismo publicou o livro O Senhorio de Cristo, de Vern Poythress.
Tradução: Guilherme Cordeiro